28 de agosto de 2019.
Com a estação de incêndio na Amazônia se aproximando do ponto médio, os cientistas que usam satélites da NASA para rastrear a atividade de fogo confirmaram um aumento no número e na intensidade de incêndios na Amazônia brasileira em 2019, tornando-o o ano de maior intensidade de focos na região desde 2010.
A atividade de incêndios na Amazônia varia consideravelmente de ano para ano e mês para mês, impulsionada por mudanças nas condições econômicas e climáticas. O mês de agosto de 2019 se destaca porque trouxe um aumento notável de incêndios grandes, intensos e persistentes queimando nas principais estradas da Amazônia central brasileira, explicou Douglas Morton no Goddard Space Flight Center da NASA. Embora a seca tenha desempenhado um papel importante na exacerbação de incêndios no passado, o momento e o local das detecções de incêndio no início da estação seca de 2019 são mais consistentes com a limpeza de terras do que com a seca regional.
Neste ponto da temporada de incêndios, as detecções ativas de incêndio do MODIS em 2019 são mais altas na Amazônia brasileira do que em qualquer ano desde 2010. O estado do Amazonas está no caminho de registrar uma atividade de incêndio em 2019.
O mapa (primeira foto) mostra as detecções de incêndio ativas no Brasil, conforme observado pela Terra e Aqua MODIS entre 15 e 22 de agosto de 2019. Os locais dos incêndios, mostrados em laranja, foram sobrepostos nas imagens noturnas adquiridas pelo VIIRS. Nestes dados, cidades e vilas parecem brancas; as áreas florestadas parecem pretas; e savanas e bosques tropicais (conhecidos no Brasil como Cerrado) parecem cinza. Observe que as detecções de incêndio nos estados brasileiros do Pará e Amazonas estão concentradas em faixas ao longo das rodovias BR-163 e BR-230.
A segunda imagem em cores naturais mostra incêndios nas proximidades de Novo Progresso, no estado brasileiro do Pará, em 19 de agosto de 2019 pela Terra MODIS. A cidade está localizada ao longo da BR-163, uma rodovia norte-sul reta que conecta agricultores do sul da Amazônia a um porto marítimo no rio Amazonas, em Santarém. Pastagens e áreas de cultivo estão agrupadas ao redor da estrada em parcelas retangulares ordenadas. A oeste da rodovia, estradas sinuosas conectam uma série de minas de pequena escala que se estendem profundamente na floresta tropical.
Primeira Imagem – Pontos de focos de incêndios detectados pelo MODIS.
Segunda Imagem – Incêndios nas proximidades de Novo Progresso, de 19 de agosto de 2019, ao longo da BR 163.
Tradução: NasaEarth